O mercado imobiliário sempre foi feito de histórias - da escolha de uma casa, da visão de um investidor, da conexão entre quem compra e quem vende. Mas nos últimos anos, um novo protagonista entrou nesse enredo: a inteligência artificial.
Muita gente ainda enxerga a IA como uma ferramenta distante, algo "de outro mundo". Mas a verdade é que ela já está presente em quase tudo: do atendimento que responde instantaneamente no WhatsApp, até a previsão de preços de imóveis com uma precisão que antes dependia de semanas de análise. E o impacto vai muito além da tecnologia - ele mexe com processos, com inovação e, principalmente, com o papel de cada profissional do setor.
A tecnologia que libera tempo para o que realmente importa
O que antes era burocracia agora é agilidade. Documentos digitalizados em segundos, contratos revisados com precisão, valores de imóveis calculados com base em milhares de dados em tempo real. Isso significa que o corretor, o investidor ou o gestor pode dedicar mais tempo àquilo que nenhuma máquina substitui: a relação humana, a escuta ativa e a negociação inteligente.
Pesquisas já mostram que profissionais que utilizam ferramentas de IA conseguem ser até 70% mais rápidos em processos que antes eram desgastantes. Ou seja: sobra mais espaço para estratégia, criatividade e proximidade com o cliente.
A experiência que encanta
Se antes o cliente precisava atravessar a cidade para visitar um imóvel, hoje ele pode fazer isso do sofá de casa, em uma visita virtual que mostra cada detalhe. Esse tipo de experiência aumenta em até 40% o interesse em fechar negócio - e não é só estatística, é percepção real de valor.
Além disso, chatbots inteligentes conseguem resolver de imediato mais de 80% das primeiras dúvidas. Isso não significa substituir o atendimento humano, mas sim abrir caminho para que o corretor chegue mais preparado, sabendo exatamente do que aquele cliente precisa.
Decisão baseada em dados, não em achismos
O mercado imobiliário sempre exigiu sensibilidade, mas hoje ela pode - e deve - ser combinada com dados. Modelos preditivos já conseguem indicar com até 95% de precisão a tendência de valorização de um imóvel ou de uma região. Isso fortalece a segurança nas negociações e dá ao cliente a confiança de que está tomando a melhor decisão.
Não é mais sobre "achar", é sobre saber.
Cenário global: um movimento sem volta
Nos Estados Unidos e na Europa, vemos um crescimento acelerado de soluções imobiliárias baseadas em IA, desde plataformas de compra e venda internacionais até centros de dados que sustentam essa revolução digital. O mercado global de IA aplicada ao setor imobiliário deve atingir mais de 40 bilhões de dólares até 2033, o que mostra que não estamos falando de tendência passageira, mas de uma mudança estrutural.
O novo papel do profissional imobiliário
Diante desse cenário, surge uma pergunta: o que será do corretor, do consultor, do gestor?
Minha visão é clara: o papel não desaparece, ele evolui.
O profissional deixa de ser apenas um "intermediário" e passa a ser um curador de experiências, alguém capaz de interpretar dados, usar a tecnologia a seu favor e, principalmente, criar conexões humanas que nenhuma inteligência artificial consegue replicar.
E o que isso significa para você agora
Se você atua no setor, já percebeu: a transformação não é opcional. Ela está acontecendo e quem souber navegar por ela terá vantagem competitiva.
A IA não vem para substituir pessoas, mas para ampliar possibilidades. Cabe a cada um de nós decidir se vamos observar essa mudança de longe ou se seremos protagonistas dessa nova etapa do mercado.
O futuro do imobiliário é tecnológico, mas o valor continuará sendo humano.

