Enquanto locação cresce em 2025, venda avança apenas 1,68%; no acumulado de 12 meses até junho, os aluguéis comerciais tiveram variação maior que a do IPCA e do IGP-M
O mercado de imóveis comerciais se manteve em alta no primeiro semestre de 2025. O destaque ficou por conta do segmento de locação, cujos alugueis de salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados acumularam alta de 4,34% nos seis primeiros meses do ano. Segundo o Índice FipeZAP, o avanço ficou acima da inflação oficial medida pelo IPCA, de 2,99% no período.
Já os preços de venda cresceram 1,68%, ritmo inferior tanto à inflação quanto à valorização do aluguel.
O desempenho de junho reforça essa dinâmica: os preços de locação comercial subiram 0,56% no mês, contra alta de 0,30% nas vendas. O cenário indica que o mercado de aluguel segue aquecido, enquanto o de compra e venda ainda caminha com moderação.
Aluguel de imóveis comerciais encerra 1º semestre com alta de 4,34%
Enquanto locação cresce em 2025, venda avança apenas 1,68%; no acumulado de 12 meses até junho, os aluguéis comerciais tiveram variação maior que a do IPCA e do IGP-M
O mercado de imóveis comerciais se manteve em alta no primeiro semestre de 2025. O destaque ficou por conta do segmento de locação, cujos alugueis de salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados acumularam alta de 4,34% nos seis primeiros meses do ano. Segundo o Índice FipeZAP, o avanço ficou acima da inflação oficial medida pelo IPCA, de 2,99% no período.
Já os preços de venda cresceram 1,68%, ritmo inferior tanto à inflação quanto à valorização do aluguel.
O desempenho de junho reforça essa dinâmica: os preços de locação comercial subiram 0,56% no mês, contra alta de 0,30% nas vendas. O cenário indica que o mercado de aluguel segue aquecido, enquanto o de compra e venda ainda caminha com moderação.
Locação supera inflação
No acumulado de 12 meses até junho, os aluguéis comerciais registraram valorização de 7,09%, bem acima do IPCA (5,35%) e do IGP-M (4,39%). A forte demanda por locações comerciais pode estar relacionada à retomada do setor de serviços e ao aumento das ocupações, enquanto o aperto monetário iniciado em setembro de 2024 segue restringindo as decisões de compra.
Segundo a economista do DataZAP, Paula Reis, a variação do preço de locação é superior à do preço de venda desde o fim de 2021. Isto se deve à incerteza em relação à economia no pós crise de 2015/2016 e pandemia, que desincentivou a compra de salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados.
"Por outro lado, a recuperação da economia dos últimos anos favoreceu os setores de serviços e comércio, que optaram por alugar seus espaços comerciais", explica. Já o mercado de venda esboça uma recuperação desde o final de 2023, "mas a alta da Selic dificulta o acesso ao crédito, desacelerando a economia e freando a valorização dos imóveis."
Venda sobe com cautela
Nos últimos 12 meses, os preços de venda tiveram uma leve recuperação, acumulando 1,77%. Embora positiva, a alta continua tímida frente à inflação, sinalizando que o mercado comprador ainda reage de forma cautelosa, diante dos juros altos. Em maio, por exemplo, o avanço foi de apenas 0,18%, abaixo dos 0,23% registrados em abril, reforçando a desaceleração.
Rentabilidade e atratividade
Para investidores, o setor comercial ainda oferece retorno relevante. O chamado retorno médio com aluguel comercial, ou rental yield, foi de 6,90% ao ano em junho, acima do rendimento médio de imóveis residenciais (5,93% a.a.). Ainda assim, as taxas seguem abaixo do retorno projetado de aplicações financeiras tradicionais, o que pode limitar o apetite por novos investimentos, segundo o FipeZap.
Cidades com maior rentabilidade no aluguel:
Salvador: 10,11% ao ano
Campinas: 8,48% ao ano
Brasília: 7,14% ao ano
São Paulo: 6,90% ao ano
Niterói: 6,73% ao ano
Destaques regionais
Entre as localidades monitoradas, Curitiba lidera a valorização dos imóveis comerciais à venda nos últimos 12 meses, com alta de 6,61%. Já Niterói segue na frente em termos de locação, com crescimento expressivo de 21,04% no período, de acordo com o levantamento.
Maiores altas nas vendas em 12 meses:
Curitiba: +6,61%
Brasília: +2,47%
Florianópolis: +2,19%
Variação de locação em 12 meses:
Niterói: +21,04%
Brasília: +13,51%
Curitiba: +13,15%
Preços médios
São Paulo segue liderando os preços médios do metro quadrado no segmento, com o valor de R$ 10.320 por metro quadrado para venda e R$ 56,78 para locação. No Brasil, a média nacional ficou em R$ 8.558 por metro quadrado para venda e R$ 47,58 para locação no mês de junho.
